segunda-feira, 19 de outubro de 2009

MITOS DA NUTRIÇÃO ESPORTIVA


Por CHRISTINE ROSENBLOOM, PhD, R.D.
Diretora do Departamento de Nutrição da Georgia State University e Consultora de Nutrição da Georgia Tech Athletic Association (Atlanta, GA)

Os atletas estão sempre procurando estar à frente dos seus competidores e o que eles escolhem como fonte de energia pode fazer bastante diferença. Como a nutrição esportiva é uma área que envolve a ciência do esporte, ela está sujeita a mitos e falsos juízos. Você provavelmente já ouviu todos eles, mas sabe o que é verdade?

Mito 1: O açúcar deve ser evitado antes dos treinos e das competições O açúcar ingerido antes das competições aumenta os níveis de glicose e insulina no sangue, o que não é ruim. O açúcar é um tipo de carboidrato. Os carboidratos ingeridos antes do exercício, provenientes do açúcar ou de bebidas, podem melhorar a performance. Um atleta que não está abastecido fica cansado e o seu desempenho fica aquém do seu melhor.

Mito 2: As bebidas esportivas são necessárias apenas durante os exercícios com duração superior a uma hora As bebidas esportivas podem ser benéficas em atividades com menos de uma hora de duração, especialmente se o exercício é intenso ou acontece em climas quentes e úmidos. Os atletas profissionais não são os únicos a se beneficiarem das bebidas esportivas. Os atletas competitivos que jogam futebol, tênis, hóquei ou basquete podem se beneficiar dos carboidratos e eletrólitos das bebidas esportivas. A ingestão de bebidas esportivas estimula os atletas a beberem mais, o que é importante, uma vez que a desidratação pode ocorrer durante os exercícios que duram menos de uma hora. O uso das bebidas esportivas é uma maneira fácil de melhorar o desempenho e combater a desidratação.

Mito 3: As distorções da imagem corporal acontecem apenas com as mulheres Os homens estão cada vez mais expostos a imagens de super homens – dos corpos dos lutadores profissionais às capas das revistas. Os homens estão mais e mais insatisfeitos com a aparência física. A distorção da imagem corporal é uma preocupação exagerada com defeitos imaginários ou insignificantes e é reconhecida como um distúrbio psicológico. Muitos técnicos e atletas podem não saber que ele ocorre tanto com homens quanto com mulheres.

Mito 4: As vitaminas e minerais fornecem energia extra aos atletas As vitaminas e minerais agem como fatores coadjuvantes para liberar a energia armazenada nos alimentos, mas elas não fornecem energia extra aos atletas. Um programa de refeições rico em grãos, vegetais, frutas, carne e laticínios oferece energia aos atletas. Estes alimentos também são veículos para as vitaminas e minerais que o corpo necessita para utilizar a energia. Os suplementos polivitamínicos e/ou poliminerais podem ser necessários para alguns atletas; por si só, eles não fornecem energia extra.

Mito 5: A proporção ideal de nutrientes é 40% de carboidratos, 30% de proteínas e 30% de gorduras Alguns programas alimentares recomendam que 40% da energia deve ser proveniente de carboidratos, 30% de proteínas e 30% de gorduras. As dietas com estas proporções podem prejudicar o desempenho, pois são baixas em calorias e carboidratos. As pesquisas indicam que os melhores programas para os atletas são os que oferecem aproximadamente 55% a 58% de energia vinda de carboidratos, 12% a 15% de proteínas e 25% a 30% de gorduras.

Combata os mitos da nutrição esportiva
- Seja cuidadoso com as informações fornecidas em sites comerciais se o objetivo da companhia for vender produtos e o produto não tiver a retaguarda de pesquisas.
- Procure informações de organizações respeitadas, como a American College of Sports Medicine (ASCM) e a American Dietetic Association (ADA).
- Convide um nutricionista esportivo para um workshop com a sua equipe, para a preparação de programas alimentares embasados na ciência da Nutrição.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Uso e abuso de hormônio de crescimento

O hormônio de crescimento (conhecido pela sua sigla em inglês, GH = Growth Hormone) é produzido por células especializadas da Hipófise (somatotrofos) as quais recebem “instruções” para iniciar a produção e liberação do GH através de um composto químico (GHRH) o qual se origina na região cerebral logo acima da hipófise (área hipotalamica). Portanto a produção de GH durante a vida infanto-juvenil é coordenada por esta combinação de controle cerebral (Hipotalamica) e secreção hipofisária. O GH é secretado, durante o dia, em pulsos, isto é, pequenos picos de elevação do hormônio com menor ou maior frequência de acordo com a idade. Assim, crianças na fase pré-puberal ou já na puberdade, com seus hormônios sexuais (testosterona para rapazes e estradiol para as meninas) ativados e em concentração crescente, exibem vários e repetidos “pulsos” de secreção de GH.
Por outro lado, sabemos que o GH da hipófise eleva-se após exercício aeróbico. Portanto se a criança ou pré-adolescente faz muito esporte, anda de bicicleta, joga bola, exercita-se na natação, corre muito, faz várias atividades físicas, terá maior secreção de GH em comparação com o adolescente que só permanece no videogame ou está sempre “grudado” na televisão. É possível que o adolescente muito ativo no exercício seja o que terá maior chance de crescer melhor. Os estudiosos da Hipófise e seus hormônios nos indicam que o GH é um hormônio de secreção NOTURNA, isto é, a criança / adolescente precisa atingir nível de sono adequado para obter uma ótima secreção de GH durante a noite. Problemas como ansiedade permanente (briga dos pais, problemas de separação do casal, morte em família, etc.) causam dificuldade de sono tranquilo e, decorrente deste fato, diminuição da produção de GH. Algumas substâncias químicas podem ser usadas para estimular a secreção de GH durante o sono. Uma delas é a Clonidina empregada para induzir a produção e liberação de GH em crianças em crescimento.

Funções do GH no organismo humano.

O GH é basicamente um agente anabólico, quer dizer um estimulador de vários processos metabólicos que aumentam alguns tecidos tais como as áreas de crescimento das cartilagens dos ossos e a musculatura. Portanto o GH é essencial para o crescimento da criança e adolescente. O GH exerce sua ação através de agentes receptores específicos que se encontram nas células das cartilagens de zonas de crescimento dos ossos. Quando o médico pede uma radiografia de mãos e punhos, objetiva verificar se as zonas de crescimento dos ossos estão “abertas” e, portanto, o GH pode impulsionar o crescimento. Nos casos de puberdade prematura, com muito hormônio masculino (rapazes) ou feminino (meninas) pode ocorrer o “fechamento” das áreas de crescimento e o GH embora em nível normal não poderá induzir crescimento.

Outra forma de o GH influenciar o crescimento e outras ações anabólicas é através da secreção e produção pelo fígado de uma proteína chamada IGF-1 (insulin-like growth factor), a qual tem ação de estimular crescimento em vários tecidos além da cartilagem do osso. As funções do GH são múltiplas e não se referem somente ao crescimento. O GH retém o cálcio que vem da alimentação, aumenta a musculatura, promove a “queima” de gordura (Lipólise), faz com que o metabolismo “fabrique” mais proteínas, estimula funções cerebrais, age no metabolismo da glicose (inclusive na insulina) e, muito importante, estimula o nosso sistema imunitário.

A falta de GH leva a deficiência de crescimento

A baixa estatura de crianças pode ser observada pelo pediatra desde a primeira infância (até os 3 ou 4 anos). Por várias razões (inclusive nutricionais) crianças podem não crescer dentro da “faixa” considerada normal, ficando muito abaixo da média. Estas crianças devem ser muito bem avaliadas através de testes de secreção de GH e, caso se confirme que pertencem ao grupo de “baixa produção de GH”, pode ser indicado o tratamento com GH. Este tratamento consiste em injeções noturnas (via subcutânea) com “canetas” especiais de aplicação, praticamente indolores e bem toleradas pelas crianças. Quanto mais cedo se iniciar o tratamento melhor é o resultado final quanto à altura. Existe falta de consenso entre pediatras e endocrinologistas quanto ao tratamento de crianças com baixa estatura sem testes convincentes de falta de GH após testes de estímulo. Muitos endocrinologistas clínicos, todavia, confirmaram que existe resposta significativa quanto ao ganho de estatura final se o tratamento for iniciado precocemente (no início da idade escolar, ou seja, 6 ou 7 anos).

Tratamento com GH em adultos

Adultos podem ter deficiência de GH por operações realizadas na hipófise (remoção de tumores hipofisários ou por patologias extra-hipofisárias) ou por um declínio acentuado de secreção de GH após os 60 anos (e mesmo antes). Nestes pacientes os testes de liberação de GH após estímulo revelam uma resposta muito baixa, indicando que a hipófise não está produzindo GH. Desde 1990 vários artigos indicaram que as administrações de GH em idosos mostraram elevação significativa de massa muscular, maior concentração de cálcio nos ossos e diminuição da massa adiposa. Ocorreu, também, uma mudança da distribuição de gordura, com diminuição do depósito de gordura na região abdominal. Os efeitos colaterais podem ser a indução de diabetes (naqueles com predisposição genética), “inchaço” de algumas articulações e tendões, com dores articulares principalmente nas mãos. A possibilidade de o GH estimular o crescimento de câncer, principalmente no intestino, em pessoas que tenham pólipos intestinais, foi cogitada mas nada foi documentado, ficando apenas como remota possibilidade.

O uso abusivo de GH

No campo de atletismo competitivo, ocorreram vários casos de atletas olímpicos que usaram injeções de GH para aumento da massa muscular. Com a musculatura mais potente, os resultados seriam superiores aos atletas que não receberam GH. O GH foi associado a agentes anabólicos (hormônio masculino e derivados), com nítidas vantagens nas competições. O Comitê Olímpico pode detectar a presença do GH recombinante por metodologia molecular, diferenciando-o do GH natural. Além disso, dosagens elevadas de IGF1 (produzido no fígado) indicam uso de GH recombinado. Existe notícia, também, que atletas combinam GH com insulina, o que é extremamente perigoso pela possibilidade de hipoglicemia prolongada (queda do açúcar do sangue).
Vários idosos, aconselhados por seus médicos (geriatras, endocrinologistas), estão usando o GH para se sentirem mais jovens, aumentar massa muscular e diminuir o acúmulo de gordura abdominal. O uso abusivo de GH em idosos pode conduzir ao diabetes, ao aumento da musculatura cardíaca, com sérias alterações das funções das válvulas cardíacas, além de manifestações articulares. O uso de GH em idosos tem sido reconhecido como benéfico em alguns indivíduos com mais de 60 anos, mas não se pode generalizar o uso para todos os idosos.

Fonte: Veja.com.br

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Bioquímica pode ajudar na prevenção de lesões dos atletas


Ciência ainda engatinha no futebol, mas também contribui para a recuperação de jogadores lesionados. A bioquímica ainda é pouco utilizada no futebol. O primeiro motivo para isso é o alto custo operacional. No entanto, também pesa o fato de que todos os testes bioquímicos são invasivos e requerem captação de dejetos que necessita de condições sanitárias adequadas, fato ainda não muito simples em clubes de futebol.
E testes invasivos, hoje, com a presença de doenças como Aids e Hepatite C, precisam muito cuidado para serem realizados. Atualmente, a principal oferta aos clubes de futebol é a elaboração de testes que analisam indicadores bioquímicos. Esses testes não ajudam no desempenho, e sim na análise da recuperação dos atletas após esforço. Os testes analisam substâncias que podem ser dosadas no sangue e que refletem a condição do músculo esquelético, ou seja, o estado muscular do jogador. É isso que reflete o grau de sobrecarga que o treinamento está impondo.
Conseqüentemente, os resultados podem representar um alerta quanto à possibilidade de lesões. A medição de lactato é a análise mais antiga que existe em bioquímica. O uso do lactato possibilita dosar a intensidade do exercício fundamentalmente durante a realização do exercício. Essa medida mostrará quanto o exercício está sendo intenso, sem necessariamente demonstrar o estado de fadiga do atleta. Há também a dosagem da Creatina Quinase (CK), uma enzima que existe dentro do músculo e que aumenta no sangue quando há sobrecarga muscular. A CK mostra a autodigestão de proteínas do organismo, com maior relevância para as proteínas musculares, e também aponta o grau de esforço que foi feito, particularmente, no dia seguinte à realização da atividade. É um indicador importante para analisar o quanto o atleta se ressentiu no dia anterior. Outros indicadores são os hormonais, como é o caso do cortisol, testosterona, ou outras enzimas, como a LDH (lactato desidrogenase). Mas esses indicadores são usados apenas
quando há necessidade de um controle mais preciso ou quando há suspeita de uma situação na qual se deve ter um cuidado maior na prevenção de problemas com lesões futuras. As dosagens hormonais podem fazer o diagnóstico do overtraining. Overtraining é uma situação em que o organismo está sofrendo uma intensidade de treinamento, de exercícios ou de competições superior à capacidade de se adaptar e se reabilitar. O organismo, então, manda sinais de desequilíbrio que comprometem a saúde do atleta. É uma situação grave, conseqüente de modalidades individuais, como atletismo, natação, triatlo. Não é muito freqüente no futebol. Como os clubes de futebol aplicam os testes bioquímicos A evolução dos testes bioquímicos e sua importância para o esporte de competição fizeram com que os fisiologistas dos clubes de futebol se especializassem nessa área ainda pouco estudada. Os grandes clubes de São Paulo já utilizam esse campo para melhorar o rendimento de suas equipes. O Palmeiras, por exemplo, usa as medidas de lactato sanguíneo, micro-análise de lactato, e também a medida de CK. "O Palmeiras, basicamente, usa o teste de lactato. Os outros testes, como o de CK, estão no mercado há pouco tempo. O equipamento é muito caro, e o teste se torna relativamente caro para ser aplicado em grande escala. Então, quando há necessidade, a gente acaba levando o atleta para um laboratório que aplica esse exame", contou o fisiologista do clube, Ivan Piçarro. "Se medirmos a creatina quinase, a amônia e o lactato, e esses valores já estiverem dentro da normalidade, isso indica que o atleta já se recuperou, pode treinar ou atuar. É essa a contribuição da bioquímica para o Palmeiras", completou o fisiologista. Já no São Paulo, alguns outros testes também são aplicados. E, ao contrário da maioria dos clubes, as avaliações bioquímicas foram incorporadas aos programas de preparação física e fisiologia do time. "Não é tão difícil usar os testes bioquímicos quando a gente trabalha com a microdosagem, que é a dosagem por quantidades muito pequenas de sangue. Então, tiramos apenas uma gota de sangue da ponta do dedo do atleta. Isso já é o suficiente para se dosar, por exemplo, lactato e CK. Esses dois testes são feitos no São Paulo de maneira até rotineira", explicou o responsável pela área de fisiologia do clube, Turíbio Leite de Barros. Um outro teste bioquímico foi realizado pelo São Paulo antes da viagem para a disputa do Campeonato Mundial de Clubes da Fifa, disputado no Japão, no fim do ano passado. Para o teste de sudorese, foram realizadas coletas de suor dos atletas durante os treinos e analisada a quantidade de suor produzida e a ingestão de líquido de forma voluntária. "O teste de sudorese foi feito para se dimensionar qual é a necessidade individual e se ter mais cuidado com a questão de hidratação. E, além disso, quanto cada atleta tinha, por característica individual, de teor de Sódio, principalmente, e de Potássio, que são os sais minerais mais importantes na composição do suor. Quando se sua, além de perder água, o atleta também está perdendo sais minerais. E esses minerais precisam ser repostos, rotineiramente, em treinamentos e competições. Esse teste permitiu detectar, de forma individualizada, quanto cada atleta perdia, qual era a melhor estratégia para cada um, do ponto de vista de se repor aquilo que se perdia, para evitar que as perdas excessivas de água e, principalmente, desses sais minerais", analisou Turíbio.

fonte:http://educacaofisica.org/joomla

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Profissão Preparador Físico

Descrição do Cargo
Atua planejando, ministrando e avaliando individualmente atividades físicas para uma pessoa, visando a consecução de objetivos determinados e pré-combinados, como melhorar a qualidade de vida, emagrecer, preparar-se para uma atividade ou evento específico, etc. Pode atuar na residência do contratante, em espaços públicos (como parques) ou em espaços locados como salas de musculação e piscinas de academias ou clubes.

Formação Básica
Ensino Superior como Bacharelado em Educação Física ou Licenciatura em Curso de no mínimo 4 anos. Profissionais que já atuavam nesta atividade até Setembro de 1995 podem se inscrever no CREF de sua região e trabalhar como provisionados.

Formação Adicional
Pós-Graduação Lato Sensu Fisiologia do Exercício e/ou Treinamento Esportivo são praticamente obrigatórias. Cursos de complementação e atualização em intervalos não superiores a um ano também são importantes, pela necessidade constante de manter-se ligado no que há de mais moderno.

Mercado de Trabalho
Muito competitivo e de crescimento lento, é muito diversificado em termos de condições dependendo da modalidade esportiva escolhida (mais ou menos profissionalizada). Até o final da década de 90 havia muitos leigos atuando, o que deve diminuir gradualmente com a regulamentação e a fiscalização dos CREFs.

Aspectos Favoráveis: Dependendo do Clube, modalidade ou técnico ao qual se ligue, pode ter até certa projeção profissional, principalmente se puder se especializar em alguma técnica. Dependendo de suas horas de dedicação, pode complementar seus ganhos como “personal trainer”.

Aspectos Desfavoráveis: No Brasil o Treinamento de Atletas está muito concentrado em clubes e, dependendo da política interna, a comissão técnica (incluindo o Preparador Físico) poder ser mais ou menos prestigiada. Nos esportes mais profissionalizados como no Futebol, é comum o Preparador perder o emprego junto com o Técnico. Nos menos profissionalizados é geralmente uma figura de pouca evidência.

Características Pessoais
Motivador, metódico, criterioso e organizado.

Estratégias de carreira
Vida acadêmica: Há cursos de Especialização em Treinamento Desportivo acessíveis já aos estudantes. Atualmente existem muitas Pós Lato Sensu específicas sobre o assunto. Em Congressos, sempre há palestras, painéis e mesas redondas sobre o tema. Neles você deve, além de acumular conhecimento, ir se inteirando das novidades e das tendências da carreira. Dê importância para atividades como Musculação, Ginástica e um pouco de Natação. Adquira sólidos conhecimentos de fisiologia, teoria do treinamento e nutrição. É uma atividade onde um bom networking (rede de relacionamentos) é fundamental e isso se começa ainda na Faculdade. Estágios devem ser focados, ou seja, estagiar especificamente junto a departamento de Preparação Física de Clubes ou empresas que mantenham equipes esportivas.

Vida profissional: o mais interessante é você se agregar ao grupo de trabalho de alguma equipe desportiva de competição, nem que inicialmente seja como mero auxiliar e que a remuneração seja baixa. Dê a máxima importância à manutenção e aumento de sua rede de relacionamentos, mantendo-a sempre bem organizada e atualizada no seu PC (invista principalmente em Técnicos Desportivos de renome com os quais gostaria de trabalhar). Quando em atividade em equipe multidisciplinar, todo o cuidado no relacionamento com médicos, fisioterapeutas, psicólogos, etc. Pesquise constantemente novos conhecimentos e novas atividades, utilizando-as de modo a tornar seu trabalho o menos repetitivo e mais motivante possível. Mantenha sempre consigo cartões profissionais e tenha em seu micro proposta atualizada de trabalho para ser impressa e enviada o mais rápido possível sempre que surgir a oportunidade.

fonte: portal da educação física

DEFINIÇÃO DE VELOCIDADE

Quando falamos em velocidade, uma capacidade neuromotora imprescindível nos esportes individuais e principalmente nos coletivos, raramente ela irá se manifestar de forma simples, mas em absoluto na sua forma complexa. Nela o atleta precisa correr, movimentar-se, reagir ou mudar de direção rapidamente.

Para Weineck (2003), a velocidade pode ser observada em três elementos: tempo de reação, freqüência de movimento por unidade de tempo e a velocidade com que se percorre uma determinada distância, onde a correlação entre eles determinam a performance de um exercício que requer velocidade.

No futebol um jogador não atinge a velocidade máxima instantaneamente, mas em média depois de uma aceleração de 5 a 10 metros. Para atingir uma alta velocidade o jogador deve reagir rápido, para imediatamente aplicar força máxima contra o solo e obter uma impulsão forte.

Segundo Vob (1993), velocidade é não só a capacidade de poder correr velozmente, como também a capacidade de coordenar, o que é de grande importância, movimentos acíclicos como saltos e lançamentos, seguidos de movimentos cíclicos como patinação no gelo.

Para Grosser (1991), Martin, Carl, Lehnerts (1991), Weineck (1992), Schnabel e Thieb (1993), a velocidade é o principal requisito motor, o qual permite tanto a movimentação, quanto a assimilação de outras capacidades de condicionamento e também da coordenação.

Schnabel e Thieb (1993) consideram a velocidade uma capacidade de condicionamento fundamental ao desempenho, a fim de que a atividade motora possa se realizar num menor período de tempo em menor ou maior intensidade.
Martin, Carl e Lehnerts (1991) que a velocidade, como um requisito de condicionamento, depende em maior grau da coordenação do Sistema Nervoso Central (SNC) e em menor grau dos mecanismos de mobilização energética.

Velocidade é a capacidade de, em razão da mobilidade do sistema neuromuscular e do potencial da musculatura para o desenvolvimento da força, executar ações motoras em curtos intervalos a partir das aptidões disponíveis do condicionamento (FREY, 1977).

A mais resumida definição de velocidade é a de Grosser (1991), e que além dos aspectos condicionais coordenativos são também considerados os componentes psíquicos. Segundo este autor a velocidade no esporte é a capacidade de atingir maior rapidez de reação e de movimento, de acordo com o condicionamento específico, baseada no processo cognitivo, na força máxima de vontade e no bom funcionamento do sistema neuromuscular.

Segundo Benedek e Palfai (1980), a velocidade dos jogadores de futebol é uma capacidade múltipla que depende da rápida reação, do manuseio da situação, da rapidez em iniciar o movimento e dar seqüência ao mesmo, da aptidão com bola, do drible e também do rápido reconhecimento e utilização das respectivas situações.

Para Zaciorskij, citado por Acero (2000), velocidade é a capacidade de executar ações motoras de maneira mais rápida possível em determinadas condições.
Harre, Hauptmann citado por Acero (2000) define a velocidade como uma capacidade psicofísica que se manifesta por completo em ações motrizes, onde o rendimento máximo não seja limitado pelo cansaço.

Segundo Hollmann citado por Barbanti (1996) a velocidade é definida como a “máxima rapidez de movimentos que pode ser alcançado”.

Bompa (2002) faz uma abordagem do conceito de velocidade baseada no aspecto coordenativo, onde diz que, crianças e jovens que não desenvolvem sua coordenação de membros superiores terão prejudicado seu desempenho de velocidade de corrida. O desenvolvimento multilateral durante a infância auxiliará no desenvolvimento desta capacidade física.

Em esportes coletivos, o atleta quase nunca desempenha uma ação em linha reta (caso do sprint no atletismo), os jogadores têm destaque quando conseguem mudar de direção rapidamente ao receber um passe ou para livrar-se do adversário. Portanto o atleta deve ser veloz ou fazer um movimento rápido. Sendo assim, é importante entender os diversos tipos de velocidade.



fonte: SILVA e SOUZA. TREINAMENTO DE VELOCIDADE PARA ATLETAS JOVENS NO FUTEBOL E SUA POSSÍVEL INFLUÊNCIA NAS CAPACIDADES FÍSICAS. 2008

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

SOCCER TEST


Jornais e sites da região comentam sobre o trabalho desenvolvido pelo Prep. Físico Rafael Périco no início da temporada


http://www.jacarezinhonanet.com/?noticia=4499

Projeto 'engorda' para Defederico no Timão


LANCENET! revela o 'sofrimento' do argentino para ganhar massa muscular



http://www.lancenet.com.br/corinthians/noticias/09-09-30/626521.stm?projeto-engorda-para-defederico-no-timao



O treinamento nas categorias de base do Futebol e Futsal


Atualmente, os esportes em gerais sofreram modificações nas formas de treinamento, pois com os avanços tecnológicos, novos métodos foram surgindo ao decorrer do tempo. O Futebol e Futsal não ficam de fora dessas modificações.Essas duas modalidades são as mais praticas em meio da população brasileira, desde as escolas de formação até mesmo ao profissional.

Se tratando do treinamento em si, temos muitas variáveis vindas de cada praticante, mas algo é certo, a periodização do treinamento juntamente com um acompanhamento especifico é ideal para um bom rendimento. Esse é uma área bem complicada, pois a iniciação, os atletas que estão começando não são ‘’adultos em miniaturas’’, no caso merecem uma atenção especial na formulação de treinamento e não apenas alterar a carga tendo como finalidade os mesmos resultados aplicados a um adulto.

A prática do Futebol e Futsal como em outros esportes, começa muito cedo no que se refere ao período de formação geral da criança, e a falta de recursos bibliográficos específicos para o desenvolvimento destes trabalhos é um dos fatores de interferência no processo de crescimento da criança, tanto longitudinal como psíquico e motor, o que tem sido objeto de preocupação dos profissionais envolvidos com o treinamento destas modalidades. A sua prática desordenada, ocasionará problemas de ordem tanto clínica como de formação geral, que se mostrarão nos anos seguintes de treinamento. Não se pode esquecer que a criança ou “jovem atleta” é levado à prática do Futsal e Futebol influenciado pelo meio e, em muitos casos, aspirando tornar-se um atleta profissional, de Futsal ou de Futebol. Mas, para que isto aconteça, devemos lembrar que este atleta não pode ser submetido ao mesmo processo de formação técnica e competitiva dos adultos. O trabalho realizado com crianças deve ter a adaptação adequada, considerando seu desenvolvimento, além de respeitar também os seus interesses. A determinação do tempo de jogo nas categorias de base, por exemplo, é sempre ponto de discussão entre técnicos e administradores do Futsal. Uma vez que são poucos os estudos relativos à adequação do tempo de jogo para cada idade (Gomes e Machado, 2001).