quinta-feira, 25 de março de 2010

Conheça a Liberação Miofascial, assunto do treinamento funcional

Todo músculo e cada fibra muscular são envolvidos por um tipo de tecido conjuntivo chamada fáscia, que forma os tendões e ligamentos nas extremidades dos músculos, assumindo a função de conectar músculo a osso e músculo a outro músculo. É a fáscia, portanto, que suporta os músculos e mantém a relação desses com os ossos, determinando, basicamente, a forma do corpo.

Ida Rolf , Ph.D. em Bioquímica pela Universidade de Columbia, ao longo das suas pesquisas científicas, fez uma descoberta muito importante sobre a constituição do corpo humano: a rede de tecido conjuntivo, que envolve e conecta o tecido muscular, tem propriedades plásticas e elásticas que fazem com que seja possível alterar a forma e a relação desse sistema (músculo/tecido conjuntivo) nos diversos segmentos corporais, em qualquer época da vida.

A descoberta da Dra. Rolf sobre a importância da fáscia revolucionou o pensamento sobre o corpo. Sabe-se, atualmente, que o tecido fascial pode ser alterado, respondendo à aplicação de energia nas formas de pressão e calor. Mediante a aplicação de uma dessas formas de energia (no caso do Rolfing® a pressão), a fáscia torna-se mais solúvel e pode permitir que as estruturas contidas no seu tecido alterem seu arranjo e se adaptem numa relação mais harmoniosa com as partes adjacentes do corpo.

Sabe-se também que quando o músculo é sobrecarregado por alguma razão, a fáscia absorve parte dessa carga, pois é submetida a um esforço contínuo e excessivo, tornando-se mais densa, mais curta e perdendo elasticidade e plasticidade. Assim, o corpo muda, gradativamente, sua estrutura. E desenvolve doenças como LER & DORT, mudanças posturais graves, dores por contraturas ou até emocionais por dor crônica.

A liberação miofascial

As técnicas de liberação miofascial estimulam as áreas que possam apresentar tecidos condensados limitando o de movimento.

Utilizando pressão, alongamentos especiais e envolvimento consciente do paciente, é possível modificar a organização molecular dos componentes líquidos dos tecidos, gerando uma nova organização. A rigidez dos tecidos e restrições desaparecem rapidamente, permitindo a modulação de tônus necessária na aceleração dos processos de reabilitação, facilitando a reeducação dos movimentos.

Uma pessoa com tecidos organizados para conviver em harmonia com a gravidade, terá a oportunidade de experenciar um corpo leve, livre de tensões e com uma conciência de si mesmo e de sua imagem corporal.

por Fernanda Marques

fonte: Portal da Ed.Fisica

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